Avaliação e
Aprendizagem na Educação Básica
“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra,
no trabalho, na ação-reflexão.”
Paulo Freire
Consolidada como um importante instrumento da Secretaria Municipal de
Educação de Goiânia para incentivar e socializar a produção do conhecimento
sistematizado de seus profissionais, a Revista SME: Educação em Movimento, no
seu Volume 3 – número 4/5 – janeiro/dez 2013, traz para o debate acadêmico e
pedagógico o tema Avaliação e
Aprendizagem na Educação Básica. Como o próprio nome da Revista já nos
indica, sua natureza deve garantir o sentido do movimento: pela escuta, pela
partilha, pelo diálogo, pela proposição política, pelo alcance social, pela
possibilidade formativa.
Assim, ressalta-se a natureza desta
Revista em suas dimensões Política e Pedagógica, uma vez que ela abre
espaço para o diálogo propositivo com as instâncias formadoras (Universidades),
Sindicato, Conselho Municipal de Educação (CME), com as instituições
educacionais e com as diferentes instâncias da própria Secretaria. Seu objetivo
principal é produzir e socializar um
conhecimento que é construído cotidianamente por diferentes atores, a fim de contribuir
com a reflexão sobre as políticas e gestão da educação pública no município de
Goiânia e qualificar, sobretudo, o processo ensino-aprendizagem na SME.
Todavia, seu alcance social também chega às salas dos cursos de Pedagogia e
demais Licenciaturas na formação inicial e contribui para a formulação das
políticas, diretrizes e discussões nas demais instâncias formativas.
Ao tratar do tema Avaliação e
Aprendizagem na Educação Básica a Revista SME: Educação em Movimento nos
convida para o debate sobre questões que perpassam o campo das políticas
educacionais e se materializam no cotidiano das ações pedagógicas: o sentido da
avaliação e da aprendizagem, sistemas e instrumentos de avaliação,
ensino-aprendizagem, currículo, formação, dentre outros. O tema desta edição
nos mobiliza para temáticas que, ao mesmo tempo que nos parecem tão antigas, se
refazem e nos inquietam enquanto profissionais da educação. Portanto, não há
como discutir avaliação e aprendizagem sem questionarmos o sentido da educação
e o por quê, como, para quê e para quem ensinar.
A edição temática deste número traz também uma novidade. A partir de
agora os Profissionais da Educação e acadêmicos das Universidades poderão
acessar o conteúdo desta Revista em todas as suas edições pelo blog revistasme.blogspot.com.br. Neste espaço
também poderão ser encontradas informações importantes sobre novas temáticas e
formas de participação na produção escrita desta Revista. Portanto, mais um
instrumento de comunicação da Secretaria Municipal de Educação com a cidade de
Goiânia e com os profissionais da SME.
Para empreendermos a tarefa de
construirmos este número temático, vários autores foram convidados a socializar
o que pensam sobre a discussão da avaliação e da aprendizagem. Ressalta-se
aqui, a importante contribuição das Universidades, das diferentes instâncias de
SME e, particularmente, dos profissionais da educação que estão nas
instituições educacionais. Sem a contribuição destes últimos sujeitos, que
encaminharam espontaneamente seus relatos e artigos à esta Revista, esta edição
não teria seu sentido público e não estaria completa.
Pela complexidade do tema e pela natureza da Revista, sua organização
ficou assim disposta:
a)
para a seção Entrevista,
organizada por este Editor com a colaboração dos membros do Conselho Editorial,
convidamos a professora Dra. Maria Teresa Estebam da Universidade Federal Fluminense que, gentilmente, se
dispôs a dialogar conosco sobre o tema. As questões elencadas na seção
entrevista não encerram-se em si mesmas. Pelo contrário, elas se articulam no
sentido de compreendermos que a avaliação e aprendizagem estão o tempo todo imbricados
no ato pedagógico e perpassam, das Políticas Educacionais contemporâneas, ao
sentido da avaliação na ação educativa.
b)
Na
seção Artigos, destacamos dois
conjuntos de textos: o primeiro corresponde ao diálogo com as Universidades
Goianas sobre o tema proposto que recortaram suas análises sobre os sistemas de
avaliação, a avaliação externa e os instrumentos implementados. Os questionamentos
trazidos nestes textos nos convidam a refletir sobre a crise na educação
brasileira e o sentido que as Políticas Educacionais contemporâneas atribuem ao
binômio aprendizagem-avaliação. Já o segundo conjunto de texto se refere à
demanda encaminhada pelas instituições educacionais e instâncias de trabalho do
Departamento Pedagógico (DEPE). As reflexões que perpassam estas produções
trazem para o debate questionamentos de diferentes naturezas: o sentido da
avaliação; a avaliação na educação infantil; o papel político e pedagógico do
professor no processo ensinar/avaliar; a relação entre avaliação-aprendizagem-desenvolvimento;
a importância do diálogo e da avaliação no contexto da Educação de Adolescente,
Jovens e Adultos e suas implicações na escola, no mundo do trabalho e em outros
espaços formativos; a inserção das tecnologias da Comunicação e Informação no
contexto da educação; e a questão da aprendizagem e da avaliação nas áreas do
conhecimento e recursos pedagógicos.
c)
Na
seção Relatos de Experiências foram
encaminhadas à este Revista produções que nos convidam a conhecer o dia-a-dia
do trabalho Político-Pedagógico que as instituições da SME empreendem. Tratam
de relatos que abordam a questão da memória, da identidade, da história, da
leitura, do processo de desenvolvimento e de Projetos didáticos e
institucionais que são implementados na ação pedagógica das instituições e da
Secretaria. Ressalta-se que toda essa demanda é um esforço das próprias
instituições que toparam o desafio de relatar o seu saber-fazer com a Rede
Municipal de Ensino.
d)
Na seção Resenha convidamos os leitores a
conhecerem a obra Escola, currículo e avaliação, produzida pela Maria Teresa Estebam e editada pela Cortez.
e)
Na seção Documentos, destacam-se a Resolução
do CME Nº 154, de 4 de Novembro de 2013, que aprova a Proposta
Político-Pedagógica para a Educação Infantil da Secretaria Municipal de
Educação de Goiânia, e dois documentos complementares: a) Apresentação da
Resolução CME nº 154, de 4 de dezembro de 2013, que aprova a Proposta
Político-Pedagógica da Educação Infantil e dá outras providências; e b) a apresentação da Resolução CME nº 116, de 16 de setembro de
2013, que estabelece normas para a Autorização
de Funcionamento das instituições públicas municipais que oferecem o Ensino Fundamental,
no âmbito do Sistema Municipal de Ensino de Goiânia.
f)
Na seção Arte em Movimento, ressaltamos mais uma
vez a participação do professor da Universidade Federal de Goiás e Artista
Plástico Zé Cesar (José César Teatini de Souza Clímaco) com a obra que ilustra
a capa desta edição. Este é, com certeza, mais um espaço que se abre na Revista
para a educação do olhar e apreciação
estética dos profissionais da Educação.
g)
Na seção carta convite aos profissionais da Educação divulgamos
as normas e os procedimentos para que as instituições possam encaminhar novos
textos para a publicação do próximo número temático.
Por fim, fica o convite para que os Cursos de Formação inicial de
professores oferecidos pelas Universidades, bem como todas as ações de formação
continuada promovidas pelas instituições educacionais e pela Secretaria
Municipal de Educação por meio das diferentes instâncias do DEPE possam fazer
do conteúdo desta Revista um importante instrumento para formação na Cidade de
Goiânia e na Secretaria Municipal de Educação. O que move esta compreensão é o
sentido de que o seu conteúdo e formato devem garantir: um diálogo em Rede. Portanto, esta revista é de todos e para todos.
Prof. Dr.
Romilson Martins Siqueira
Editor